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Arquitetos: KsAD ; KsAD
- Área: 1800 m²
- Ano: 2015
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Fotografias:Chendra C, Mansyur Hasan Photography
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Fabricantes: Asahimas, Conwood, Niro granite, Propan, Toto, YKK AP
Descrição enviada pela equipe de projeto. Uma pequeno hotel como parte de uma cidade de pedestres. O projeto começou com um concurso fechado. Os clientes queriam algo simples, devido a sua localização no coração da cidade, e próximo à Prefeitura de Batu (alun-alun batu), queriam um hotel que fosse único e que refletisse o local que está inserido. Apesar do orçamento apertado, o hotel tem forte relação com a cidade.
Localizado de 700 a 1,700 metros acima do nível do mar, a temperatura da Cidade de Batu no Leste de Java varia entre 17º C a 27º C. A umidade é de aproximadamente 77-86%, aliados a uma velocidade de vento de 6.06 km/h fizeram uma experiência de cidade pouco diferente em termos de tempo nas temporadas de seca e de chuva. Batu e seu entorno se tornaram um local perfeito para relaxar e para o turismo, com seu clima agradável, topografia montanhosa e belezas naturais.
O hotel foi projetado com uma abordagem respeitosa ao terreno. Os potenciais naturais foram maximizados através da aplicação de resfriamento passivo, especialmente no lobby do térreo e nos quartos dos hóspedes. As massas construídas são porosas, empregando grandes aberturas em diferentes paredes permitindo a ventilação cruzada. No entanto, após estar em operação, a administração do hotel optou por acrescentar condicionadores de ar em cada unidade como opção adicional.
Ao invés de um bloco de edifício grande e massivo implantado no meio do terreno, este edifício de hotel se torna menor em uma série de pequenos volumes, fazendo com que pareça mais estreito, criando diferentes sequências e mais experiências espaciais, como em um kampung, os assentamentos indígenas. O bloco de massas também faz uma alusão aos templos, em um experimento intuitivo.
A ideia é reforçada pela utilização das rampas para circulação vertical ao invés de escadas e elevadores. A rampa foi eleita para acomodar as necessidades de cadeirantes, crianças, carrinhos de bagagens, além de enriquecerem a experiência espacial dos hóspedes.
O edifício está recuado 16 m da rua, e esta área frontal contribui para o espaço urbano se mesclando com a via de pedestres para performar mais um dos nós da cidade pedonal. O espaço aberto é utilizado como área comercial com amplas calçadas, com espaço para mesas e cadeiras e demais apropriações do comércio. Este é um espaço restrito para veículos a motor, mas é acessível para todos, e não apenas os hóspedes do hotel, agindo como um espaço de transição e área de amortecimento para o trânsito de veículos em frente.
Diferente das tipologias comuns a hotéis onde os quartos estão alinhados em uma disposição similar a um trem, o que resulta em pobres condições de iluminação e ventilação natural, este hotel aplicou uma estratégia diferente. Aqui foi empregado o conceito no qual cada dois quartos formam um volume para que cada um deles se beneficie de um vazio entre as massas, com boa iluminação natural e circulação de ar, especialmente em relação aos banheiros. Todas as circulações são abertas em suas extremidades, criando uma sensação de espaço amplamente arejado,
Não existem tecnologias sofisticadas, todas as estratégias utilizam métodos convencionais. Todos os materiais são produzidos localmente. Especialmente para o acabamento em tijolos, que foram construídos in loco.
Os esquemas de cores são inspirados na natureza: madeiras, pedras e cimento Portland aparente estabelecem uma composição do construído com o ambiente natural do entorno. Todos os materiais, assim como os tijolos, provém de fontes locais e são produzidos manualmente. O processo de colorização, moldagem e secamento dos tijolos foram todos feitos em obra, minimizando as pegadas com menos energia, menos custos com transporte e menos poluição.